terça-feira, 24 de maio de 2011

Poesia Engolidora

Ando distante, eu sei, da poesia.

parece que a vida engoliu a poesia.

roupas, bolsas, sapatos e acessórios.

tudo tão material. um fim em si mesmo.


lá do alto, observo um pedacinho da cidade de São Paulo. Engolidora, ávida por nos tornar menos poetas.

Mas, lá no fundo, naquele quarto de hotel, brota a saudade (poesia dando sinais de vida?)

Será que a vida engoliu a poesia eu eu a engoli?

(Para fazê-la renascer, somento o C2, fazendo circular idéias. E minha mão na tua mão.)



Aí vejo que a poesia não foi engolida, pois ela sim é o monstro engolidor.

Só não vê quem não quer.


Ela está por cada canto, devoradora de vidas.
Basta perceber aquela mulherzinha que compra uma roupa nova e sai faceira com a sacola.
Ou aquele que trabalha desde 2 da manhã rindo e brincando no Brás.
Bolivianos, Coreanos, Chineses e "alemão". Tudo junto. Fazendo um arco-íris de vida.



Aí descubro que a poesia me engoliu, pois ela engole tudo. Depende dos olhos de quem vê.

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