domingo, 20 de junho de 2010

Sobre Histórias

Talvez não seja à toa que minha escolha profissional passe por "tocar" em histórias.
Sim, histórias de vida, se sofrimento, de alegrias. Processos: reconstrução, repetição, diferença, novidade, ou o próprio antigo que teima em aparecer. A história de pessoas, de vidas. Histórias que vibram e pedem para serem escritas, contadas, ou somente ouvidas.

Atelevisão já descobriu isso, o que faz com que eu me emocione com quase todas as hitórias que assisto. Imaginem, vocês, que estava num restaurante e uma história contada no Jornal do Almoço invade minha vida e pede passagem através das lábrimas. Seria a TPM? Não.

Foi aí que me dei conta de que eu adoro histórias, mas aquelas que escapam, de vidas que pareciam não ter vida, mas, quando menos se espera, algo transborda, muda o curso das coisas.

Inspirada pela idéia de "capsula do tempo" enunciada no Fantástico deste domingo, comecei a lembrar da minha história. Tudo que eu já fui. As várias de mim mesma que fui construindo sem constrangimento.

Meu eu sério, profissional, compenetrado e responsável, que se mistura ao meu eu do samba, da cerveja gelada, da mesa cercada de amigos e de bobagens faladas. Meu eu que se isola com um livro, viaja em pensamentos. Meu eu que acredita no amor, mas que foge dele pois só encontra amores que querem aprisionar e não libertar. Meu eu que perdoa, que odeia. Meu eu que causa estranhamento, inveja. Meu eu teimoso e meu eu iseguro. Tudo junto. Num embate de forças que acabam por me fazer existir e não ter medo de mudar de opinião, de caminho, de estratégia.

O meu eu é que só mais uma história, só mais uma vida. Tão linda e tão feia, como a sua.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Lampejos

A moça sai apressada quando resolve percorrer o caminho até aquele que lhe dirá a grande verdade, que desvendará o mistério dos mistérios da vida:

"O que é a felicidade"

Na sua busca desenfreada por alcançar o que parece ser a chave de todos os males, a moça encontra pelo caminho quase tudo.

Esbarra por roupas lindas em liquidação, por homens de todos os tipos, doces, salgados, bebidas. Experimenta todas as temperaturas, texturas, sons, visuais. Tem orgasmos, ganha muito dinheiro, se apaixona, ama.

É claro, não contei dos desprazeres que ela encontrou no caminho. Sim... pois ela viu muita pobreza, passsou fome e sede, ficou doente, levou muitos foras, foi traída, esteve desempregada, sem dinheiro, sem amor, sem luar e sem cama fofa pra deitar.

No final da jornada, ela encontra aquele que lhe prometeu dizer o que era a felicidade. E sabe o que ele lhe respondeu?

- A felicidade não existe!

- Como não existe?

Perguntou a moça, indignada.

- Moça, mais importante do que saber o que é a felicidade, é ir buscá-la. Por isso você chegou aqui. Por isso sofreu e se deliciou com diferentes prazeres. Mas tenho que lhe dizer, a felicidade não existe. Talvez, possamos experimentar lampejos dela. Momentos que nos fazem acreditar que ppoderíamos viver, sim, de sua plenitude. Porém, a felicidade é só uma promessa.


A moça sentou-se. Fechou os olhos e lembrou de tudo que percorrera para chegar até ali. Sentiu como se seu corpo fosse desabar.
Ao recordar o que havia vivido, pensou que não importava mais saber o que era a tal felicidade.

Virou as costas e voltou, por um caminho diferente, é claro, querendo viver a jornada denovo, porém encontrando outros amores, outras dores...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Difícil?

Se você me conhece um pouco, sabe que não sou uma mulher difícil. Pelo menos quando se trata de uma primeira aproximação, sou bastante aberta.

O difícil é me manter por perto.
Explico: depois que você viveu algumas coisas, em outros relacionamentos, fica difícil se acostumar com pouco. Eu tive alguns relacionamentos, mas destaco dois que foram realmente essenciais para fazer com que eu ficasse mais exigente no que toca o terceiro encontro. Não vou citar nomes, até porque, se você é um deles e estiver lendo esse texto, saberá... se não for, melhor pra você acreditar que tenha sido.

Claro, eu sou uma filhote da era libertária da mulher (graças a deus!). Mulheres: nós temos a possibilidade de experimentar tantas coisas, tantos homens, que fica difícil renunciar ao que de bom existe em cada um de todos, por uma coisa em um. Me fiz entender?

Quem não fica louca por um homem genuinamente bonito? ou então por um cara bem sucedido? ou por um galanteador, engraçado, cheio de amizades e outras mulheres? ou aquele que faz exatamente como você gosta?

É aquela velha história, depois que você experimenta um bom prato, o arroz com feijão, embora te alimente, fica sem graça.

Bom, e "quando a solidão bater?", me perguntariam algumas....

Eu diria que, quando você se sente sozinha, é porque você realmente QUER ficar sozinha, pois não se esqueça que você tem muitas amigas e sempre tem um cara legal querendo estar contigo!

Talvez o mais difícil seja assumir que nós realmente gostamos é disso. Vivam mais, mulheres, e aproveitem pois essa é a NOSSA era... o jogo pode virar!