quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sem Título 1

Ele fala sobre espelhos e máquinas de lavar. Sua escrita é velada. Emblemática.
Tenta esconder/reconhecer o que está a sentir.

Minha escrta é crua. Nua, tal como me encontro. Em frente a este espelho mágico.

Ah! benditas! Estas lentes encantadas que fizeram a noite perder o brilho e desestruturaram minhas convicções sobre a paixão e o amor.

Encontro-me perdida no tempo (tempo que não quer passar!).

Já preciso da tua voz, teu toque e teu desejo...

Ainda me pedes calma! que audácia!
Depois de fazer isso comigo: me colocar no meio de uma tempestade...

Não quero calma, quero tua alma.


Arde!

Paciência

Esta nunca foi minha virtude.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ciclos

Veja bem:
ao iniciar o ano, alguém me alertou que 2010 fecharia e abriria ciclos.
Que maravilha ver isso se realizar!

Ciclos de vida, de sonhos, esperança!

Cansada estava da mesmice. Mesmas caras e bundas (esses dias vi mulheres comprando bundas numa prateleira).

Voltando...
....
...
..
Penso, agora, se o ciclo que se inicia também se fechará um dia. (ou será INfinito)?

Ciclo de música, de bobagens faladas e inventadas. Ciclo de sorrisos, planos. Ciclo de carinho, de transformação. Ação!

Paixão que arde. Fecha e abre.

Escorre entre os dedos. Deslisa pela pele.
Ciclos.

Ciclo que abre a vida, que me devolve a vida.

sábado, 25 de setembro de 2010

Eu quero!

Quero te dar o melhor de mim
Deitar no teu colo
E sonhar


Quero ouvir tuas histórias
Beijar tua boca
Te arranhar

Quero beber das tuas idéias
Me contaminar
Te esperar

Quero
E quero tanto
Que nem dá pra explicar

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Almas e Abismos

Citação: "A cada alma pertence um mundo diferente. Para cada alma, toda outra alma é um além-mundo. Justamente entre aquelas que mais se parecem, da mais bela maneira, a aparência é mentirosa porque é o abismo pequeno que se torna difícil de transpor." Nietzche.

Pensei muito nisso ontem (ou já era hoje?), antes de adormecer.

Pensei nessas coisas pequenas, que nos tornam tão diferentes. Nunca tive grandes problemas om a diferença, ela me agrada, me instiga.
O abismo... dá vontade de me atirar!

Conheci um cara (acho que vocês já perceberam isso pelo "blábláblá" que ando neste blog. Essas declarações não fazem muito meu estilo, é bem verdade - ou não faziam) e esse cara se parece demasiado comigo. Porém, me dei conta que não sei nada sobre sua alma, nem ele sobre a minha.
Saberemos um dia? será possível transpor o abismo? atravessar seus pensamentos e ele os meus?
Que asustador é saber que alguém sabe o que você pensa. Muitos pesadelos desse tipo assombram minha noite.

Sigo guardando minha alma, com cuidado. Não sabemos quanto dura a paixão. Não posso me despir completamente.

Mudarei de opinião?

Prometo voltar e contar...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Falta de concentração

Peciso retomar minha concentração. Explico:

Já diria uma das minhas sábias amigas que nós, mulheres, aprendemos a resolver qualquer tipo de problema. Por exemplo: aprendemos a trocar a lâmpada e o gás. Também aprendemos a trabalhar e ir atrás de noso sonho profissional... Aprendemos a sentar numa mesa de bar e, descompromissadamente, contar histórias e fazer planos.
Resolvemos qualquer coisa...

Mas tem uma coisa que nos desconcerta, que nos põe em ponto de perder o equilibrio: Um HOMEM!

Impressionante como só eles conseguem abalar nossas estruturas, fazer a gente reavaliar certezas e convicções.

Inacreditável como deixamos eles entrarem na nossa vida e bagunçá-la assim, sem mais nem menos.

É claro, não é qualquer homem (o engraçado é que o homem capaz de fazer com que isso aconteça é diferente para cada uma de nós - ainda bem!).

Minha amiga sempre disse que não há como escapar disso. Me alertava que um dia eu seria tocada por alguém assim.

Eu dizia que jamais deixaria isso acontecer.

(risos)

Aconteceu!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Breve comentário sobre o Tempo

Calculei: em 3 segundos, talvez, um ponto d´água gaste entre lançar-se do alto da cachoeira e encontrar-se a abundância de água.
O tempo... que grande bobagem querer medi-lo!

2 anos procurando o que se vive em 2 dias.

Onde te escondias? talvez debaixo de algumas folhas secas de inverno. Mas já se faz primavera!

Tempo, tempo... grande coisa meus anos a menos, teus anos a mais.

Tempo de ser criança, de ser adulto, trabalhador, estudante, amante! É sempre tempo. Sempre há tempo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Sobre afetações

Fluxos conectados, afetações. Grande coisa teorizar sobre o indizível!

O importante é sentir.
Há já um pouco de ti em mim, que me transforma a cada novo encontro, a cada nova linha, a cada nova palavra.
Constrói uma outra de mim, que eu nem mesmo conhecia.
Imprevisível este contato com o outro. Inquietação. Medo.
Parece não haver lugar onde acomodar a novidade.

E quem diria que, aquele rizoma que parecia fechado, se abre, dando continuidade a vida. Minha vida. Nossas vidas...

domingo, 12 de setembro de 2010

Basquete

Sempre gostei de esportes, mas um em especial: o basquete.
É um jogo onde cada lance é importante. Inteligência e habilidade andam juntos. Um sem o outro não ganha jogo nenhum.
É um jogo de paixão, não de amor.

No basquete é preciso conhecer suas habilidades e potencializá-las. É preciso ter coragem e não medo. Medo não tem lugar nesse jogo, pois é preciso atacar. E todos atacam e todos defendem.

Detalhe: todos erram!

Meu treinador dizia que nenhum time vence caso não tiver uma marcação forte o bastante para freiar o adversário. Não importa quão bom for o seu ataque, se você não defender, está fora.

Treinamento e disciplina. Muita repetição. Lembro dos 100 lances livres que a gente tinha que bater ao final do treino!

Depois, no jogo, tudo pode dar errado. Você não acerta a mão. Mais no outro dia você volta a treinar, pois sabe que trata-se, também, de um jogo de sorte.

Por isso não é um jogo de amor. O amor é tranquilo. O basquete é ponto a ponto... e só a paixão pra manter vivo o tesão de ganhar, mesmo quando você está perdendo por 20 pontos de diferença. O jogo pode virar...

sábado, 11 de setembro de 2010

Coragem

Rabisco caminhos para encontrar uma saída possível.

Grande coisa essa cidade grande com tão pouca esperança!

O que fazer com um sabado a noite, se não tenho aquelas mãos, ávidas a percorrer meu corpo...
Depois,
Aquele sopro que desliza sobre minha pele. E arrepia.

Coragem para sobreviver à esses convites frágeis.


Tudo perdeu a graça. Será minha desgraça?!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Sobre pecados e horas

Quanta coisa para trocar em tão poucas horas.
Mas,
Um pouco de tudo ou um tudo de nada?
.
.
.
Fico com o primeiro para não perder o gosto pelas coisas difíceis.


Que meu pecado seja perdoado!
Pois meu ato contém uma verdade que poucos santos conseguiriam imitar.


Enquanto isso,
sigo saindo de mim. Escondendo meu desejo dos olhos de não sei quem.
Paranóia!

Num quarto,
um choro de criança
Que nos lembra o mundo lá fora
Já é hora...

sábado, 4 de setembro de 2010

As lentes encantadas

Por um momento desejei não parar de circular pela cidade. Sensação de estranhamento, alguma coisa havia saído fora dos eixos.
Acho que foram os olhos por detrás das lentes (encantadas) que me fizeram retornar no tempo e poder sentir o que ficara nos meus 15 anos.
Os dias passaram, mas a vontade de chegar cada vez mais perto dele não.
Um impedimento justo, legal: um compromisso no meio do meu caminho. Desistir do desejo? Claro que não!
Se tornara ainda mais encantado. E, a cada palavra que trocávamos, a vontade aumentava e já não era lícito evitar.
Agora, sem as lentes encantadas, um beijo na rua escura (há quanto não sentia tudo aquilo!).
Era como se a vida brotasse novamente em mim, eu que parecia tão morta...
Quem imaginaria a potência de um beijo na vida de alguém? Ao infinito!!!
De resto, sobraram suspiros e suor.

Me perguntem: após isso, acabou o encanto?
E eu vos digo que este deu lugar à certeza de que é preciso ceder ao desejo sempre que possível.
Intensidades é o que movem a vida. Aquilo que nos permite sentir o sangue que corre dentro do nosso corpo tão sem razão de ser.

Fica um obrigada ao moço das lentes encantadas!