quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

"O homem é coisa que deve ser superada"

Certa feita, um professor de psicanálise disse: " recomendo que só leiam Nietzsche depois dos 40". No alto dos meus 20 anos, é claro que aquela "dica" exerceu uma grande vontade de vasculhar tudo o que o revolucionário filósofo havia escrito... (hoje me pergunto: "seria isso que o professor queria provocar??")
De qualquer forma, posso dizer que a leitura de Nietzsche pode sim começar antes dos 40. Talvez o mais desesperador seja que aos 20, temos vida o suficiente para por em prática o que o filósofo diz, porém, não tenhamos coragem!

Todavia, ler não significa assimilar. Frases de efeito, na maioria das vezes, não se traduzem em ações. Conselhos não nos adiantam de nada e por aí vai...

Pois bem, se tivesse que indicar um começo para entrar em contato com Nietzsche indicaria a obra "Assim Falava Zaratustra", um livro "para todos e para ninguém". Uma obra impossível de ser lida apenas 10 vezes. É um daqueles livros que nos tiram o prumo. Que nos fazem pensar a ponto de beirarmos o desespero de existir sem ser como prega o profeta Zaratustra.


O livro nos faz pensar sobre filhos e pais: "em meus filhos quero remediar o fato de ter sido filho de meus pais"; fala sobre mulheres: "e algumas invenções são tão boas que, como o seio da mulher, são úteis e agradáveis ao mesmo tempo"; sobre a loucura: "antes ser louco por seu próprio critério, que sábio segundo a opinião dos outros", e assim por diante.

Uma mente brilhante!

Em épocas de eleições, vale uma citação de Zaratustra: "Vede como trepam, esses ágeis macacos! Para ganhar dos demais, trepam uns sobre os outros e acabam se arrastando juntos para o lamaçal e para o abismo".


Genial!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Sobre amores e chifres

Pois bem, não pude me conter e resolvi escrever sobre aquilo que pode ser considerado o mais temido entre os casais: o CHIFRE!
A associação entre chifre e traição pode ter diferentes explicações, seja pela analogia ao Diabo, "aquele pecador!", seja pela espécie bovina e a fama das vaquinhas de não se apegarem a um único parceiro...
Porém, a explicação mais aceita é de que o chifre tem origem legal. Explico: O Código Filipino, que vigorou a partir de 1603, em Portugal e, consequentemente no Brasil, até sua independência, regia que o marido que pegasse sua esposa cometendo adultério, poderia matá-la, mas caso dispensasse esse direito, deveria usar, em público, um chapéu ornado com dois chifres, para que todos reconhecessem sua condição de chifrudo. A lei só não valia quando a traição era executada com alguém da realeza, daí nada poderia fazer o pobre traído...


E hoje?


Estou quase certa que o que tem havido é uma espécie de "pacto silencioso" entre os casais, do tipo: "ok, todos nós sabemos que não conseguimos nos relacionar com um só parceiro, mas não vamos gritar isso. Deixemos em silêncio e que seja feito escondido o suficiente para que eu não saiba, muito menos os meus amigos!"

O fato é que o temor a traição é tão grande quanto a possibilidade dela acontecer.

A culpada seria a famosa Sociedade de Consumo, na medida em que passamos a consumir prazer sexual tal como consumimos sapatos? não estou bem certa que seja isso...
Traição é uma invenção moralista? Uma coisa que criaram para a proteção da familia?
É algo natural? Tem a ver com amor? Com respeito?

Sobram questionamentos, mas o certo é que todos os traidores que eu conheço, afirmam que tem ou tiveram ou um bom motivo para o fazê-lo!

E não é verdade?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Amor Vagabundo

Ah, se pudesse te guardar meu amor...
Mas não o posso fazer
Meu amor não pertence à mim
Nada posso prometer

Ele vive entre braços e pernas
Entrelaçadas
Numa noite de amor qualquer
Enluarada

Haveria no mundo
Melhor forma de amor?
Esperança todo o dia
Nenhuma gota de dor

Meu amor é passageiro
É vagabundo
Não tem eira nem beira
Vaga pelo mundo

É tão fácil acontecer
Que não tem previsão
Chega numa noite de inverno
Vai embora no verão




Z. Müller

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Sobre as mulheres



Sim, estou a falar demasiado de "homens-barata"... e o que dizer das mulheres?
Teriam se tornado elas também algo parecido? isso se dá na superfície ou na profundidade? é natural? é instinto?
Muitas perguntas, muitas discussões, mas o que eu reparo é que todo esse papo de liberdade e de "eu transo com quem eu quiser" tem duas faces. Uma delas é realmente a do prazer, de mulheres que realmente descobriram isso e elegem alguns - bons- homens para lhes auxiliar no prazer e satisfação carnal. Porém, um outro grupo busca algo bem diferente do que apenas prazer sexual. Buscam amor, afeto, carinho. E, claro, não encontram nesse frenesi do prazer.

Veja bem o que já estou falando! Já estou dizendo que sexo e carinho estão dissociados... que, pelo menos entre as mulheres solteiras, é preciso escolher entre viver um ou outro.

Muitas dúvidas: há como praticar sexo casual com carinho e afeto? Bom... alguns me alertariam do perigo desse abismo: não se deixe afetar! não diga nada além de palavrões! não divida nada além de orgamos e suor!

Quem está certo? quem está errado? Eu realmente não cheguei a uma conclusão. Já vivi as duas coisas: sexo com amor e sexo "just for fun", mas estou me dando conta da dificuldade da terceira opção (sexo casual com carinho e afeto).


Me perdoem, mas por isso sugiro que não estamos tão evoluidas sexualmente assim, mulheres!

Culpa dos homens? Não sei... Acho que precisamos descobrir o que queremos deles primeiro...