segunda-feira, 23 de agosto de 2010

...

Na imensidão das coisas do mundo
Falta-me tempo
De respirar

Da efêmera paixão
O laço se esvai com os segundos
Mudo

Caído estou no chão
Juntando sensações
Já distantes na memória

Tudo parece volátil
Limitado a traços
Vazio de intenções

Aplausos para a noite
Cheia de esperança
Essa coisa que dança

Brinca de ser feliz!
Brinda o sem sentido da vida
Querida!

Depois mostra tuas garras
Que marcaram meu corpo
Numa manhã de fúria

Estou preso agora
Numa imensa gaiola
Sem ter para onde fugir

Então cospe na minha cara
E corre pra longe
Onde eu não te encontre mais

Daí só restará o cheiro
O tempero
De um amor sem sal

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Filmes, amores e vida

Não sei por que insisto em olhar esses filmes que me tocam tanto...
Desde ontem, estou ficando doida a cada minuto que paro de fazer qualquer coisa.
O filme: uma mulher que, aos 50 anos, descobre que, durante toda sua vida, fugiu do amor intenso e construiu uma vida vazia, cheia de coisas, cheia de conhecimento e pouco sentimento.

Não resisti e fui buscar uma daquelas cartas antigas de amor... cartas que a gente ganha poucas vezes na vida e que esconde bem, conserva bem, pois sabe que um dia vai precisar lê-las novamente.
Busquei a carta na tentativa de me sentir um pouco mais viva.

Era um amor simples, com quase nada. Hoje ele duvida do amor que eu senti (certamente não consegui ser boa o suficiente, eu sei), mas tenho certeza que amor mais intenso nunca vivi.

Atualmente, ele compartilha todo seu amor com a outra.
Eu não o quero. Juro! Só quero aquilo que eu senti um dia de volta. Quero poder sacrificar meu tempo por amor, sacrificar meus planos e meus sonhos mais egoístas... por amor.

Sei que essa possibilidade depende mais de mim do que de qualquer um, mas é uma escolha difícil. É mais fácil permanecer no híbrido...

Vejam bem, logo que, que nunca gostei do mais fácil!

Desculpem o desabafo. Vai passar!

domingo, 8 de agosto de 2010

Conversa de sabado a noite

Ontem me disseram que eu penso demais. Que não é sempre tão bom assim pensar em todos os "por quês" dos nossos comportamentos e desejos.
Me falaram sobre ter consciência das coisas... imagina! que ilusão pensar que nossos atos são conscientes... que podem ser evitados quando nos tornamos "fortes" o suficiente.

O que é ser forte?
é excluir possibilidades? é ser reto?
O que a firmeza de opinião tem a ver com se perder nas curvas da estrada? Em se deixar levar por sensações? Descobrir novos caminhos... caminhos que nem imaginávamos existir.

Quem prefere "a sorte de um amor tranquilo" às aventuras de um amor louco?

Eu não.


Prefiro ficar com meus devaneios e dúvidas, do que com certezas construídas sob um castelo de areia.