sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A Gente vai Contando:

"Conta-se o tempo
Em horas
Em anos
Em lágrimas
Dores
E dólares


Conta-se uma mentira
Uma verdade
Um exagero
Uma piada


Conta-se
Com o salário no fim do mês
Com o amor que há de vir
Que tenham piedade de nós


Conta-se


E é de tanto contar
Que a vida passa

E só é realmente viviva
Se contada for."


Z. Müller

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

CERVEJINHA

"Ah!
Me disseram que a cerveja faz mal

Logo ela,
Tão amarelinha.
Com aquela espuma branca

Geladinha

Descendo pela minha garganta
Concedendo-me um pouco de refresco e alegria

Que mal poderias fazer tu, cerveja?

Que vens só para nos acompanhar

Vens como a lua
Como o sol
Com os amigos!


Oh!
Lá vens tu, chegando
Se equilibrando na bandeja do garçon
Depois, deslizando no meu copo
E finalmente, se misturando a mim


Ah, cervejinha...
Que mal podes tu fazer?"


Z. Müller

VOLTAREMOS!

Passo por um momento de "falta de vontade de compartilhar e dividir" meus sentimentos e percepções.

Acho que vai durar pouco, uma vez que as náuseas estão começando, o que significa que em breve irei regorgitar o que tenho guardado...

sábado, 7 de novembro de 2009

07/11/09 ...


Meu dia começou bem. À meia noite eu ainda tagarelava no Café da Lu com alguns amigos. Entre eles uma amiga em especial que já não via há pelo menos 1 mês (maldita prova da OAB!!). Depois, teve uma ligação e daí sim meus sonhos foram bons. Acordei cedo pra ir para a aula. No caminho, um chão de flores (este que está na foto). Pensei: que manhã linda! Não chovia, mas o céu estava nublado...

Na aula, falamos sobre cargos, salários, espíritos, religião e, claro, Freud...

No intervalo do almoço, alguém teve a idéia de ir até a Feira do Livro. Chovia torrencialmente. Éramos 3 mulheres e meio guarda-chuva. Mas lá fomos nós... praticamente nadando, conseguimos encontrar os livros procurados e até reencontrar antigas amizades.

Na volta para a aula, mais chuva! Era chuva por todos os lados, nem o guarda-chuva extra grande adquirido pela minha amiga no meio do caminho foi suficiente.

A aula da tarde seguiu e nós - molhadas e com os pés descalços - seguimos as conversas paralelas sobre espiritismo (descobri que não se trata de religião, mas uma forma de conhecimento).


Até agora o dia está valendo a pena... se acontecer alguma coisa interessante até amanha prometo postar... mas só se for uma coisa realmente boa!

Não quero estragar a história de um dia feliz.


...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sobre a Leitura....


Livro


"Tropeçavas nos astros desastrada

Quase não tínhamos livros em casa

E a cidade não tinha livraria

Mas os livros que em nossa vida entraram

São como a radiação de um corpo negro

Apontando pra expansão do Universo

Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso (E, sem dúvida, sobretudo o verso)

É o que pode lançar mundos no mundo . . . "


(Caetano Veloso, 2004, p. 49).



A leitura pode ir muito além de um processamento de informações. O encontro com o livro pode ser uma viajem sem volta, ou uma daquelas viajens em que na volta simplesmente já não somos os mesmos.

Pode ser perigoso, encorajador, paralisante. Talvez não faça sentido na hora, e depois de algum tempo emerja em nós como uma descoberta.


Penso que a leitura é um ato de dar passagem, de encontrar com personagens que confrontam nossa maneira de pensar e ver o mundo. Também nos faz sentir como se fosse nossa a dor do outro ou a felicidade do outro.

Para ler é necessário estar aberto.


É preciso ter tempo, alguém diria, e eu respondo que sim, é preciso ter tempo... E para encontrar esse tempo é necessário ter vivido a beleza da leitura. Aí a gente arruma tempo. Como aquele moço que lê de pé, no metrô lotado, às 18h.


Se você gosta de ler, se algum dia leu uma poesia, por exemplo, que fez sentido pra ti, continue! Não deixe essa experiência se perder. Peça à um amigo que já tomou gosto pela leitura algumas indicações, entre numa livraria como quem não quer nada e pergunte.


O ato da leitura precisa de um início, que se bem aproveitado não terá fim...




terça-feira, 3 de novembro de 2009

Sobre Ti


“Sobre ti,
Não sei mais falar no presente

O passado,
Deste sim tenho lembranças:

Cambaleavas,
Feito quem cai de pára-quedas

No corpo,
Trazias algumas marcas

No peito,
Saudade e solidão



Andavas cercado de amizades
E contavas mil histórias

Foi assim,
Simples assim, que eu me rendi

Tuas mãos,
Seguraram-me com força

Como se já soubesses
Da facilidade com que costumo alçar vôo



Daí éramos dois
Espalhando alegria por todo o canto

Trocamos amigos
E farpas

Tua loucura,
Atrai e repele

No fundo,
Encontrei o mais amargo de mim em ti

Então não pude suportar
Ver-me assim tão de perto!”


Z. Müller