terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Rizoma


Meu amar é um rizoma. Costumo amar montando as partes, fragmentos desconexos que me dão a sensação de satisfação diante da minha busca. Formando uma rede de afetos.

Afeto e sou afetada.

Devo admitir que muito me agrada aqueles olhos e o ar de menino. Embora também aprecie a massagem feita nos meus pés. Tão doce é aquele rapaz quando olha pro horizonte procurando o nada. E o que falar daquele cheiro que fica na minha pele e das conversas que temos sobre nossos desencontros com outros corpos? Que alegria sinto ao escutar tuas mentiras sinceras! Acho graça quando apontas minha frieza, a qual alguns costumam chamar de loucura...

Melhor seria nomear isso de potência! Criação e invenção de modo de vida.

Falho em juntar esses elementos, mas usufruo de todos, separadamente. Mastigando pedaço por pedaço. Aprendendo. Evoluindo.

Muito longe da solidão é onde estou. Por isso tenhas certeza que tua parte não fará falta quando tiveres que ir embora.
Z. Müller

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