terça-feira, 5 de janeiro de 2010

VIDA

Como diria Clarice Lispector: “quem não é um acaso na vida?”. Nascemos chorando.
O tempo passa e precisamos fazer alguma coisa com isso que se chama de vida. Aos poucos ela vai tomando forma, ganhando sentido. Nos apropriamos de modos de vestir, falar, interagir. Tentamos esquecer da nossa finitude. Rezamos.

Assistindo a um programa sobre a possibilidade das pessoas viverem com saúde até seus 130, 150 anos, ou até mesmo a promessa da imortalidade anunciada por alguns cientistas, comecei a pensar sobre “pra que tudo isso”? Quem suporta viver tanto tempo?

Imagine que serão, pelo menos, 50 anos a mais para trabalhar, para fazer escolhas, para amar e sofrer, pra ter filhos e se preocupar com eles... mal sabemos o que fazer com 70, 80 anos de existência. Nossos velhos estão cheios de saúde e sem ter o que fazer!

Mas para aqueles que tem muitos planos, fica aí uma esperança.

Eu me contento com poucos e bem aproveitados anos, até por quê... viver às vezes dói demais... e cansa!

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