terça-feira, 27 de outubro de 2009

“Cada palavra que da tua boca sai
Fala de um medo mortal

Tens só teus vinte e poucos
E já faz tantos planos para a dor

Se pudesse te dizer alguma coisa
Diria que não te preocupes

Não te assuste com a tristeza do fato:
O amor pode ser mesmo insalubre



Ao me veres sorrir
Não podes imaginar o quanto chorei

Mas as lágrimas de dor são como um banho
Que limpa nossa alma



Tens razão, sou dotada de alma
E te digo que só não tem uma quem nunca amou

O abrigo que desejas só encontrarás no retorno ao ventre
E já estás demasiado crescido

Minha agonia e teu receio
Falam línguas diferentes

Se pudesse te pedir alguma coisa
Diria sem meias palavras:

Não tenhas pressa em andar devagar
Tampouco deixes de caminhar.”

Z. Müller

Um comentário: