“uma estranheza toma conta do meu corpo
ele não é mais o mesmo
e minhas mãos estão frágeis demais para segurar
de súbito me invade um grito
que atravessa meus ouvidos e alma
os restos de memória não me são suficientes
preciso de neo-intensidades
meus sonhos são cheios e confusos
e eu desperto com meu próprio chorar
ando com uma pressa desesperada
buscando sei lá o que
disseram que vou encontrar
posto que todos tem uma razão de viver
a despeito disso eu cuspo no meu destino
sem medo de retaliações
minha face toca ao vento
que me leva pra um lugar distante
quando há chuva suficiente eu me deito
esperando que minha pele murche
então me confundo com a terra
e já não existo mais”
Z. Müller
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