quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Ao meu pai:

“Reconheço-me em ti
Não só por traços físicos

Há uma marca
Difícil de não se fazer existir

49 e 24 somam-se
E transformam duas vidas, em uma

Farpas e abraços
Brigas e alento

Responsável sou
Por te tornares homem

Responsável és
Por eu ter tido uma existência feliz

Tuas palavras entram como flechas
E já não posso arrancá-las do meu peito

Teus sonhos e meus sonhos
Misturam-se

O invisível é o que nos torna
Pai e filha
E aquilo que nos ensina o que é o amor.”



Z. Müller

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