segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Sobre amores e chifres

Pois bem, não pude me conter e resolvi escrever sobre aquilo que pode ser considerado o mais temido entre os casais: o CHIFRE!
A associação entre chifre e traição pode ter diferentes explicações, seja pela analogia ao Diabo, "aquele pecador!", seja pela espécie bovina e a fama das vaquinhas de não se apegarem a um único parceiro...
Porém, a explicação mais aceita é de que o chifre tem origem legal. Explico: O Código Filipino, que vigorou a partir de 1603, em Portugal e, consequentemente no Brasil, até sua independência, regia que o marido que pegasse sua esposa cometendo adultério, poderia matá-la, mas caso dispensasse esse direito, deveria usar, em público, um chapéu ornado com dois chifres, para que todos reconhecessem sua condição de chifrudo. A lei só não valia quando a traição era executada com alguém da realeza, daí nada poderia fazer o pobre traído...


E hoje?


Estou quase certa que o que tem havido é uma espécie de "pacto silencioso" entre os casais, do tipo: "ok, todos nós sabemos que não conseguimos nos relacionar com um só parceiro, mas não vamos gritar isso. Deixemos em silêncio e que seja feito escondido o suficiente para que eu não saiba, muito menos os meus amigos!"

O fato é que o temor a traição é tão grande quanto a possibilidade dela acontecer.

A culpada seria a famosa Sociedade de Consumo, na medida em que passamos a consumir prazer sexual tal como consumimos sapatos? não estou bem certa que seja isso...
Traição é uma invenção moralista? Uma coisa que criaram para a proteção da familia?
É algo natural? Tem a ver com amor? Com respeito?

Sobram questionamentos, mas o certo é que todos os traidores que eu conheço, afirmam que tem ou tiveram ou um bom motivo para o fazê-lo!

E não é verdade?

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