quinta-feira, 14 de abril de 2011

Brás

Andava com vontade de escrever desde terça-feira quando me encontrava em um dos momentos mais estranhos da minha vida (ah! minha antiga e saudosa mole-vida). A propósito, até este blog resolveu não querer andar, juntando os espaços sem respeitar meu comando de "nova linha e parágrafo". Mas, seja da forma que apareça, preciso fazer aparecer... Preciso fazer aparecer meu desespero ao entrar num hotel (hotel?) mofado e velho, cheio de angolanos e nordestinos no meio do Brás, em SP nesta semana. Nem mesmo a presença do meu pai me deixou segura... talvez porque ele estava mais apavorado do que eu. Parecia que alguém ia me engolir. Não sabia o que fazer e liguei pra minha amiga Fran que, carinhosamente nos convidou pra ir pra casa dela naquele mesmo momento (mesmo ela morando num ap com mais 3 pessoas, ela daria um jeito... que eu não me preocupasse!) Aquilo, de alguma forma, já me tranquilizou (não estava mais tão desterritorializada). Havia alguém com quem podia contar no meio daquela selva de pedras. Descemos pelo elevador já decididos a ir embora, quando uma bahiana (que deve ter visto meu semblante apavorado) me segurou pelo braço e foi dar uma volta comigo e com o pai pelo Brás, em meio a mendigos, bebados e etc... Eu estava com muito medo, mas ela disse pra eu não me preocupar e ficar confiante, que nada iria me acontecer se eu pensasse positivo e com fé. Não sei o que aconteceu, mas em 15 minutos eu estava tranquila. Mas ansiosa que se fizesse dia para ir embora daquele lugar. No outro dia, muito trabalho, muvuca na feira do Brás. Gente indo e vindo, gente comprando, gente lutando. Bolivianos, chineses, coreanos... juntos no Brás. Sem mais.

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