domingo, 16 de janeiro de 2011

Teus Olhos

Apagam-se as luzes da sala. Restam as da cidade, por isso reparo que continuas a me fitar.
Sim, posso ver pelo feixe de luz que entra na sala. Ou seriam meus olhos acostumados a tatear o escuro a te procurar?

E sempre o encontro.

Mesmo sabendo das tuas vistas cançadas, posso sentir a tentativa de capturar o instante: meu rosto. Nem que seja com as mãos...

Teus olhos...
Posso me ver neles, já te disse. Meu presente e futuro estão lá.
E não canso de olhar... o mar verde. Que vontade de mergulhar!

O segredo é o que tento descobrir. Já sei que não foi culpa das lentes, mas do que estava por detrás delas. Os olhos de criança... curiosos e agitados. Loucos para cantar e brincar...

Música e amor!

No fim, a saudade,
que nos prepara para o re-encontro.
Que não é mais às escuras.

Já se faz dia claro!

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