Apagam-se as luzes da sala. Restam as da cidade, por isso reparo que continuas a me fitar.
Sim, posso ver pelo feixe de luz que entra na sala. Ou seriam meus olhos acostumados a tatear o escuro a te procurar?
E sempre o encontro.
Mesmo sabendo das tuas vistas cançadas, posso sentir a tentativa de capturar o instante: meu rosto. Nem que seja com as mãos...
Teus olhos...
Posso me ver neles, já te disse. Meu presente e futuro estão lá.
E não canso de olhar... o mar verde. Que vontade de mergulhar!
O segredo é o que tento descobrir. Já sei que não foi culpa das lentes, mas do que estava por detrás delas. Os olhos de criança... curiosos e agitados. Loucos para cantar e brincar...
Música e amor!
No fim, a saudade,
que nos prepara para o re-encontro.
Que não é mais às escuras.
Já se faz dia claro!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário